Você utilizaria a bioconstrução para fazer sua casa?
- larissa rosa

- 26 de jan. de 2021
- 1 min de leitura
Pau a pique e tijolos de barro são técnicas que aproveitam material do próprio local para garantir baixo impacto ambiental.

Optar por painéis solares, tinta e tijolos ecológicos na construção de uma casa certamente colabora com o meio ambiente, mas a bioconstrução é um sistema construtivo que foca na sustentabilidade em nível local. Na prática, significa utilizar ao máximo os materiais disponíveis no local como terra, palha, pedras e madeiras. Mil tijolos de adobe, que são feitos com a mistura de barro e fibras naturais, salvam cerca de seis árvores médias que seriam usadas para queima de tijolos tradicionais e como também podem ser fabricados artesanalmente, ainda poupam dinheiro e a poluição do transporte.
Enquanto a construção tradicional gera resíduos, como restos de construção e, depois de pronta, o descarte de água da pia e do chuveiro, na bioconstrução isso se torna um recurso para manter um ciclo sustentável. Por exemplo, o sanitário seco transforma os dejetos em adubo para nutrir as plantas e trata a água da pia para regá-las.
Embora sejam adequadas ao clima local, econômicas e de baixo impacto, quem não conhece as técnicas como superadobe, solocimento e pau a pique, tem receio de que a casa “derreta” na chuva ou que seja muito frágil. Mas há construções de igrejas que resistem desde o século 18, aproximadamente, que contestam essa ideia.
Para popularizar essas moradias, o Ministério do Meio Ambiente disponibiliza uma apostila online que ensina os procedimentos corretos. Algumas construções evidenciam os materiais usados e tem uma aparência modesta, sendo associada à população de baixa renda, o que divide opiniões sobre sua estética.





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